quinta-feira, 25 de outubro de 2012

6. A Surpresa



Os dias atarefados passaram rapidamente e logo chegou o dia de Hermione ir para casa. Depois de uma longa despedida, Rony viu a garota desaparecer pela lareira, não sem antes prometer dar notícias diariamente.
Quando julho começou encontrou a Toca na expectativa do casamento de Gui. Com a cerimônia marcada para o dia dez, Fleur retornou à França para os últimos preparativos e pediu para Gina acompanhá-la. O senhor e a senhora Weasley concordaram que seria bom para a ruiva uma mudança de ares, talvez assim ela se animasse um pouco.
Rony estava em seu quarto, no meio de livros, quando ouviu seu pai lhe chamando da porta.
_ O que houve, pai? Está tudo bem?
_Está, filho. Eu só vim avisar que Harry já sabe que iremos buscá-lo na sexta-feira pela manhã.
_ Daqui a três dias, legal! Mas eu podia ter enviado uma carta pela Píchi…
_ Não, Rony. E se a coruja fosse interceptada?
_ É mesmo. Eu não pensei nisso, desculpe. Mas como avisaram então?
_ Pela vizinha dele que é membro da Ordem. – completou o senhor Weasley.
_ É mesmo, tinha esquecido. Ah, e não precisa se preocupar, que eu não vou avisar a data pra Mione. – falou recebendo um sorriso do pai.
_ Certo, filho. Mas… posso perguntar uma coisa? – falou evidentemente intrigado. – O que você está fazendo com todos esses livros?
O garoto olhou ao seu redor e percebeu que realmente para quem o conhecesse, a cena era por demais improvável. Ele estava com pelo menos seis livros abertos e haviam anotações por todos os cantos, vários pergaminhos estavam caídos no chão, e alguns pingos de tinta podiam ser vistos manchando sua cama. Realmente ele estava se parecendo mais com a Hermione do que com ele mesmo. Sorriu e explicou ao pai.
_ Estou revendo alguns feitiços que podem vir a serem úteis. Não posso ajudar o Harry se estiver despreparado, não é mesmo?
Arthur já havia reparado que seu filho tinha mudado desde que voltara de Hogwarts, mas vê-lo ali, se dedicando a ajudar um amigo, o deixou extremamente orgulhoso e feliz. Com a face ruborizada pela emoção caminhou até Rony, o abraçou e disse.
_ Meu filho, eu sei que você irá estar sempre do lado do Harry. Mesmo que tentasse impedir, você vai ajudá-lo nesse caminho difícil que ele tem que seguir. Essa sua lealdade nos deixa muito orgulhosos, e estaremos sempre aqui para ajudá-los no que precisarem.
_ Obrigado, pai. Isso é muito importante pra mim. – falou o rapaz com lágrimas nos olhos depois de ouvir as palavras paternas.
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Desde que a senhora Figg lhe avisara, nesta manhã, sobre a data de sua ida para a Toca, Harry não conseguia mais se concentrar. Nas últimas duas semanas ele estivera tão focado em aprender as informações que se encontravam nos livros que McGonagall lhe dera que tinha certeza que assim que pudesse treinar aqueles feitiços, os faria com total perfeição, pelo menos esperava. Mas agora sua mente só pensava numa família ruiva. A sua verdadeira família. Sentia falta de seus amigos, do amor materno que encontrava na senhora Weasley, mas principalmente sentia falta de Gina. Não via a hora de poder vê-la. Ainda não sabia se ela iria perdoá-lo e nem mesmo se estar junto a ela era mesmo uma boa idéia, mas ficar longe também não estava resolvendo. Tinham que conversar e resolver essa situação… Ele precisava falar com alguém… Era nessas horas que mais sentia falta de Sirius. Não podia conversar certas coisas com a senhora Figg, imagine então falar com seus tios ou com Duda sobre a sua paixão adolescente sendo ameaçada pelo retorno de Voldemort. O melhor a fazer era arrumar suas coisas e depois tomar um banho para refrescar o corpo e a mente, e assim tentar retomar a leitura dos livros.
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Hermione levantou cedo naquela sexta-feira. Estava ansiosa para rever Rony. Nunca dez dias custaram tanto a passar. Logo se arrumou, tomou café, despediu-se dos pais, pegou sua bolsa de viagem e aparatou para a Toca. Assim que chegou bateu na porta e foi logo atendida por Molly que já estava terminando de pôr a mesa do café.
_ Hermione querida. Chegou cedo. – dizia enquanto envolvia a jovem num apertado abraço.
_ Oi sra. Weasley. É eu pensei em chegar cedo para ajudar. – falou enrubescendo.
_ Claro, entendo. Então me faça um favor e vá acordar o Rony, porque daqui a pouco O Harry vai chegar. – as palavras sérias contrastavam com a piscadela e o sorriso maroto nos lábios da senhora.
A morena subiu as escadas num instante e logo estava parada à porta do quarto do namorado. Respirou fundo e entrou. Ao ver o ruivo dormindo, sentiu seu coração bater mais forte. Sentou-se na cama e começou a acariciar os cabelos ruivos que tanto gostava.
Rony podia jurar que estava sentindo o perfume de Hermione, mas aquela sensação era forte demais para ser real. Abriu os olhos e pôde admirar o belo olhar que ela lhe dava. Sem pensar cerrou novamente os olhos e puxou-a para que se deitasse ao seu lado. Beijou-a profundamente várias vezes até que, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo da garota, falou.
_ Esse é o melhor sonho que tive com você nesses últimos dias…
_ É o melhor… porque… é real…Estou aqui…agora… – as palavras saiam com certa dificuldade por causa do desejo incontido.
O ruivo concordou e observou-a com paixão no mesmo instante em que a acomodava embaixo de si e retirava a camisa do pijama.
_ Promete me acordar assim sempre que puder? – sussurrou no ouvido dela.
Ao ver e sentir os músculos dele, Mione só conseguiu assentir antes de puxá-lo par mais um beijo ardente.
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Harry tinha demorado muito a pegar no sono na noite anterior. Estava ansioso demais com a sua ida para a Toca. Conseqüentemente dormira mais do que pretendera. Sua mente ainda chacoalhava por causa dos gritos de sua tia ao acordá-lo para preparar o café. Duda estava de volta e por isso o tratamento a ele dispensado passava de invisível para elfo doméstico. Quando já havia sentado à mesa e abocanhado um pedaço de panqueca, ouviu a campainha tocar e a ordem do tio para que fosse atender. Enfiou o restante da panqueca na boca, (mais para evitar que o primo a comesse do que para imitar seu amigo Rony) e foi atender a porta.
_ Bodia. Qudseja? – falou ainda mastigando para uma senhora sisuda, de óculos quadrados que parecia estar fazendo uma pesquisa.
_ Bom dia. – um leve sorriso apareceu nos lábios da mulher que piscou e disse. – E aí, Harry, beleza?
_ Tonks ?! – o garoto a olhava abismado.
_ Posso entrar ou não? – ela afora ria e ele poder reconhecê-la mesmo sob outra aparência.
_ Claro, entra. Você veio me buscar? – ela confirmou. –Vou pegar minhas coisas…
_ Você não vai levar muita coisa, né? Porque nós vamos aparatar. –falou para o garoto que já subia as escadas enquanto entrava na casa dos Dursley e sentava-se numa poltrona, ignorando a dona da casa que a fuzilava com o olhar. – Ah! Tinha me esquecido de cumprimentá-los. Bom dia sr e sra. Dursley. – A auror fez um aceno com a cabeça e logo após voltava a ter o rosto em forma de coração e seus cabelos ganhavam novamente a cor rosa-chiclete, o que provocou um verdadeiro surto nos tios de Harry.
_ O que está fazendo aqui, sua…sua… – tio Valter parecia que estava virando um tomate de tão vermelho.
_ Metamorfomaga. É isso que eu sou. E uma auror também. E amiga de Harry, e adulta, o que vocês sabem, me dá o direito de fazer magia onde e quando quiser. Tia Petúnia conteu um gemido, Duda correu para o quintal e tio Valter empalidecera de tal forma que agora se parecia com o Pirraça. – Podem ficar tranqüilos que eu só vim mesmo buscar seu sobrinho para o casamento, não vou me demorar.
Graças à Merlim, tinha tido a idéia de arrumar suas coisas e separar a roupa com que viajaria no dia anterior. Soltou Edwiges da gaiola e pediu que fosse encontrá-lo na Toca. A coruja deu uma bicada leve em seu dedo, agradecida por ter sido solta antes do previsto e saiu pela janela, sumindo nas nuvens. O jovem então se arrumou rapidamente, pegou sua bagagem e foi encontrar a bruxa que o esperava na sala.
Quando Tonks viu a mala que Harry levava não pôde deixar de indagar.
_ Você sabe que só vai ficar lá uns três dias, não sabe?
_ Er… sei sim, é que tem a roupa pro casamento e algumas coisas para o Rony. – falou encabulado olhando para a mala que até que não estava tão pesada quanto parecia.
_ Então vamos. Pegue no meu braço. – e se virando para os Dursley. – Tchau para todos.
Harry olhou para os tios, murmurou um singelo “volto na segunda” e aparatou de carona com a amiga. No instante seguinte já podia sentir a diferença. Se o ambiente até segundos atrás lhe era opressor, agora, mesmo de olhos fechados, sentia uma paz que só os lugares acolhedores transmitem. Abriu os olhos, viu a casa de seus amigos e sorriu. Praticamente correu para entrar na Toca. A senhora Weasley abriu a porta da cozinha e veio logo dando seu típico abraço de mãe. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, como se ele fosse um filho que retornava à casa depois de muito tempo. O rapaz deixou-se ficar naquele carinho que tanto o agradava, pois realmente se sentia um pouco filho dela também.
_ Oh querido. Sentimos tanta saudade. Como você está? Tem se alimentado? Você está abatido…
_ Oi para a senhora também, sra. Weasley. Também estava com saudades de tudo e de todos aqui.
_ Claro, claro. Venha vamos tomar um café. – falou puxando-o para que se sentasse. – Você também, Tonks, venha.
_ Até parece que eu poderia recusar a sua comida, Molly.
Enquanto se servia de bolo e suco de abóbora, Harry percebeu a falta do barulho usual da casa.
_ Onde estão todos?
_ Arthur está no Ministério, Gui já foi para a França, os gêmeos agora moram em cima da loja e só aparecem no fim de semana e Rony ainda está no quarto.
_ E… – respirou fundo. – …e a Gina?
_ Ah! Bem a Gina foi para a França junto com a Fleur no início do mês. – a senhora olhou com uma expressão desconsolada para ele. – Eu sinto muito por vocês dois.
Ele apenas abaixou a cabeça, tentando engolir o bolo que agora mais parecia feito pelo Hagrid. Percebendo o clima pesado que começava a surgir, Tonks resolveu mudar a conversa para um assunto mais ameno.
_ E aí, Molly, tudo pronto para o casamento amanhã?
_ Eu acho que sim. Espero chegar amanhã e não descobrir que os Delacour esqueceram de providenciar alguma coisa para a festa.
_ Fale a verdade, Molly, você queria era ter ficado responsável pela festa e não deixar nada por conta deles.
A senhora ficou levemente vermelha e confirmou envergonhada.
_ É, eu confesso. Mas é o casamento do meu filho mais velho, o que vocês queriam? – os três não conseguiram conter o riso provocado pela declaração.
_ Bom, onde eu coloco as minhas coisas, sra. Weasley? – o rapaz já havia comido e decidiu subir.
_ Você vai ficar no quarto que era dos gêmeos, é claro. Ele é seu agora, meu querido, sinta-se em casa. – o garoto ficou feliz e sorriu.
_ Obrigado. Eu sempre me sinto em casa quando estou aqui.
Subiu as escadas e chegou ao mesmo quarto em que ficara nas últimas férias. Viu que ele agora, sem nenhuma caixa de geminialidades, parecia aconchegante, mesmo que modestamente arrumado. Em cima da cama entre algumas almofadas havia uma com um grande H bordado e na mesa de cabeceira um porta-retrato mostrava uma foto dele durante uma partida de quadribol. Colocou a mala no chão e viu Edwiges empoleirada sobre o armário.
_ Você já sabia que eu ia ficar aqui, não é? – a coruja respondeu com um pio.
Vencendo a vontade de deitar na cama confortável, resolveu acordar o amigo, tinha muitas coisas para contar a ele. Subiu até o quarto do ruivo e bateu na porta apenas uma vez antes de entrar chamando-o.
_ Acorda, Rony. Já… – as palavras morreram na sua garganta ao ver o amigo e Hermione deitados juntos, entrelaçados num beijo que por pouco não virava algo mais.
Ao ouvirem a voz de Harry, o casal se soltou bruscamente e olharam o rapaz parado à porta de olhos arregalados e incapaz de pronunciar alguma palavra, ao mesmo tempo em que ficava escarlate.
_ Harry. – a garota aparentemente tinha restabelecido a sanidade mais rápido. – Er… você já chegou.
_ Vocês… eu… eu falo com vocês… er… depois, tá bom. – o moreno falou e voltou para o seu quarto ainda surpreso.
Quando já ia entrando ouviu a senhora Weasley lhe chamando do pé da escada.
_ Harry, eu esqueci de te dizer que a Hermione já chegou e está lá em cima com o Rony. – o garoto só conseguiu pensar no atraso daquela informação.
Entrou no quarto e deitou-se na cama cobrindo a cabeça com o travesseiro. Então essa era a novidade que eles falaram na carta. Harry sabia que mais hora menos hora isso ia acontecer, era óbvio. Só não esperava pegá-los no maior amasso.
Depois de um tempo ouviu batidas na porta e esta se abriu no momento em que ele se sentava na cama, para ver os amigos entrando ainda um pouco envergonhados.
_ Então essa era a novidade, hein? – não resistiu à provocação, depois continuou sério, levantando-se. – Desculpem ter interrompido, mas a sra Weasley não tinha me avisado que Mione já estava aqui.
_ Ta tudo bem, Harry. A gente queria contar pessoalmente. – Hermione falou e aproximou-se para abraçá-lo. – Estávamos com saudades. Como você está?
_ É cara, sem problemas. – o ruivo também o abraçou e rindo completou. – Agora, só não faça isso novamente, senão o “cara-de-cobra” não terá mais ninguém para perseguir.
Os amigos caíram na risada e logo todo o constrangimento sumiu.
_ Agora vamos tomar café que eu estou faminto.
_ Grande novidade. Eu tomei quando cheguei, então vou ficar aqui arrumando minhas coisas. Só não demorem porque tenho novidades também. – o moreno falou já começando a tirar suas coisas de dentro da mala.
_ Eu te ajudo, Harry. De repente, assim, o Rony resolve comer mais rápido.
_ Você não vai descer comigo?
_ Não. Eu também já tomei café.
_ Nem pra me fazer companhia?
_ Rony, eu estava com você até agora!
_ Você vai ficar aqui com o Harry?
_ Vou. Por quê? Está com ciúmes?
_ Por Merlim, ciúmes do Harry?
_ Ei voc̻s dois. Pensei que quando finalmente se entendessem iam para de brigar. Mas estou vendo que me enganei. РHarry falava tentando a todo custo ṇo rir da cena.
_ Ta. Eu vou lá, comer alguma coisa, e volto logo para podermos colocar a conversa em dia. – o ruivo se deu por vencido. – Mas fique sabendo, caro amigo, que agora o melhor das brigas é fazer as pazes. – e saiu depois de dar um grande beijo na namorada.
Depois de recuperar o fôlego, a garota perguntou:
_ Agora me diz… como você está?
_ Não tão bem quanto vocês, mas…
_ Ah, Harry. Por favor já bastaram os gêmeos implicando com a gente.
_ Quer dizer que está todo mundo sabendo, menos eu. – ele sorria abertamente.
_ Eu já falei que nós queríamos contar pessoalmente. – falou corada.
_ Eu sei. Estou brincando. – se aproximou da amiga e a abraçou. – Estou muito feliz por vocês dois. Agora me dê um pouquinho de felicidade também e me diga… – soltou-a e foi para perto da janela. – como está Gina?
_ Bem. Na medida do possível está bem.
_ Ahm… – olhou para a paisagem lá fora.
_ Como você queria que ela estivesse?
_ Sinceramente, Mione, eu não sei. Eu só sei que estava louco para vê-la e poder conversar com ela.
_ Você quer voltar a namorá-la? – perguntou enquanto dobrava as roupas que ele colocara sobre a cama.
_ Não… sim… não sei. Eu pensei bastante e vi que o motivo que eu dei para me separar dela foi estúpido realmente. Mas não queria que ela ficasse presa a uma pessoa que não sabe se estará vivo amanhã.
_ Harry! Não fale assim.
_ Mas é assim que é. Ao mesmo tempo que eu quero ficar com ela, eu sei que tenho outras prioridades agora… Acabar com Voldemort vem antes de poder ser feliz ao lado dela.
_ Ela sabe disso. Precisava ver quando ela contou pra família que vocês tinham terminado. Os gêmeos queriam acabar com você, mas ela enfrentou-os na frente de todos.
_ Por Merlim. Além de tudo, agora tenho que me preocupar com os irmãos dela querendo a minha cabeça ? – encarou-a preocupado.
_ Não seu bobo. Ela fez todos entenderem que você tem mais coisas para se preocupar…
_ Demorei? – Rony interrompeu entrando ainda segurando algumas torradas.
_ Isso foi ci̼me ou curiosidade? Рperguntou o amigo.
_ Curiosidade. Sobre o que vocês estavam conversando? – o ruivo sentou na cama e encostou-se na parede.
_ Gina. – a garota foi sentar junto ao namorado que a enlaçou trazendo-a para junto de si.
_ Ainda bem que não perdi nenhuma novidade.
_ Eu estava esperando você voltar para perguntar.
_ Você é maravilhosa, sabia? – os jovens já estavam no meio de um beijo quando escutaram.
_ Eu ainda estou aqui, sabiam? – Harry olhava o casal sentado sobre a cômoda. – Se vocês puderem se desgrudar um segundo eu posso contar sobre uma visita que recebi.
O casal se desgrudou, e juntos disseram: _ Pode falar!
O resto do dia eles passaram conversando. Harry contou sobre a visita de McGonagall, do apoio da Ordem da Fênix, da carta de Dumbledore, dos livros que tinha recebido (imediatamente Hermione fez questão de vê-los e Harry tirou-os do fundo da mala) e também da volta deles para Hogwarts, notícia que deixou Mione extasiada e Rony aliviado, já que não precisaria mais enfrentar seus pais para sair da escola.
_ Quer dizer que agora todos da Ordem já sabem sobre as horcruxes? – o ruivo indagou.
_ Acho que sim.
_ Isso vai realmente ser útil, porque assim a gente não se desgasta tanto. Com a Ordem ajudando a descobrir onde estão e o que são as horcruxes, nós podemos nos preparar melhor. – Hermione falava com os olhos brilhando.
_ É também acho. Foi por isso mesmo que ela me deu os livros, pra que eu possa me preparar. Só que eu só posso treinar depois do meu aniversário.
_ Até lá você podia deixar esses livros comigo, porque eu treinei os que tinham nos livros daqui de casa, e quero ver agora feitiços novos. – Rony falava enquanto folheava um dos livros.
_ Deixe-me ouvir direito. Você, Ronald Weasley, que divide o dormitório comigo há 6 anos, está falando que treinou feitiços nas férias?
_ O que você esperava, sr. “Eu-tenho-a-responsabilidade-sobre-o-futuro-do-mundo-mágico”? Que enquanto você enfrentasse o Voldemort eu ficasse olhando?
Harry não sabia o que mais tinha lhe surpreendido: se foi ver Rony estudando feitiços ou falando o nome do Lord das Trevas sem tremer. Visivelmente impressionado falou para o amigo.
_ Não sei o que a Hermione está fazendo com você, só espero que ela não pare nunca mais!
O garoto não conseguiu ver qual dos dois amigos foi, só sentiu almofadas o atingirem assim que terminou de falar. E pela quantidade, teve certeza que mais da metade havia sido conjurada.

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