quinta-feira, 25 de outubro de 2012

17. O Retorno


O retorno para a casa da praia foi bem mais tranquilo do que a vinda. Se encaminharam até uma parte escondida da cidade e aparataram para Ilfracombe (Gina de carona com Lupin), menos Tonks que já estava atrasada e foi para o Ministério resmungando que detestava segunda-feira.
Quando chegaram em casa foram recepcionados pela senhora Weasley que estava aflita para verificar com os próprios olhos, que todos estavam bem e inteiros, principalmente Harry. O rapaz desconfiou que a senhora já soubesse de todos os detalhes do que ocorrera no dia anterior com eles. Ou pelo menos quase todos os detalhes, porque se as suspeitas dele estivessem corretas a cerca do amigo, Rony não teria sido recepcionado pela mãe tão gentilmente, se esta vislumbrasse o fato dele e Hermione terem dormido juntos. Também não queria imaginar ela descobrindo que ele e Gina tinham dividido a mesma cama, mesmo não tendo aproveitado bem a noite quanto imaginava que os amigos tinham feito.
Gui também os esperava e com uma grande notícia: ele seria o novo professor de DCAT em Hogwarts. A notícia os pegara desprevinido, e relativamente apreensivos, afinal todos se lembravam dos diversos professores dos anos anteriores. Mas como o ruivo avisara que lecionaria apenas por aquele ano, durante um período de licença que tiraria de Gringotes, eles relaxaram, pois pelo menos dessa vez já sabiam de antemão o motivo pelo qual o professor os deixaria no final do ano, e não seria nenhuma morte ou azaração. É claro que ao ouvir esse argumento, a fisionomia de Gui se tornou meio esverdeada, bem parecida com a de Rony antes de uma partida de quadribol.
Mesmo já tendo comido em Godric’s Hollow, foram obrigados por Molly a tomar um bom café da manhã, e depois Harry mostrou aos outros, as coias que trouxera da casa dos pais. Rony gostou particularmente do pomo dourado que fora de James, enquanto Luna, Hermione e Gina preferiram observar os álbuns de fotografias. As únicas coisas que Harry não ia mostrar eram o colar que daria de presente à Gina e o caderno de lembranças que seus pais fizeram para ele. Mas antes que pudesse evitar, Neville já estava folheando o caderno com uma expressão dura e os olhos levemente marejados. Foi se aproximando do amigo pensando num jeito de evitar mais uma onda de gestos consoladores, quando este olhou em sua direção e disse:
_ Os meus pais também fizeram um desses para mim. – aquilo o pegara de surpresa, então apenas sentou-se ao lado de Neville. – Só que no meu, uma das últimas anotações falava do alívio pela queda de Voldemort e da tristeza pelo que aconteceu com seus pais.
Neville fechou o caderno com cuidado e entregou à Harry. Levantou-se e despendindo-se apenas com um toque no ombro do amigo, saiu do quarto. Harry compreendeu a atitude do outro e não pôde deixar de agradecer à Merlin por ter sido ele e não Hermione que o tivesse visto, a morena provavelmente iria se debulhar novamente em lágrimas e ele não suportaria. Guardou o caderno na gaveta, sob as camisetas e também o presente de Gina.
O resto do dia foi certamente um dos mais tranquilos da semana. Depois do almoço, Gui e Lupin reuniram os jovens para mais uma sessão de treinamento no qual todos se sairam muito bem, e terminaram o dia conversando animados sobre o breve retorno à Hogwarts. Bem, nem todos estavam animados. Fleur estava bastante séria e Gina confidenciara a ele que ouvira a cunhada chorando no quarto enquanto conversava com Gui, aparentemente ela não queria se separar do marido. Outra pessoa que também não estava muito animada era Hermione. O moreno percebera que a amiga estava mais calada desde que chegaram pela manhã, e sempre lhe lançava aqueles olhares condoidos. Harry percebeu que Mione subira logo que dispensada por Lupin e ainda não tinha descido.
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Hermione estava apoiada na beirada da janela de seu quarto, observando o cair da tarde, pensando nas incertezas da vida. Quem diria que o aventureiro Gui Weasley viraria um pacato professor de Hogwarts? Tudo bem que ser professor de Defesa Contra as Artes das Trevas poderia ser considerado profissão de risco, já que nenhum permanecia no cargo por mais de um ano, e também que ele havia sido escolhido porque McGonagall queria mais um membro da Ordem da Fênix dentro da escola sem chamar a atenção do Ministério e principalemente de Voldemort. Mas não eram somente esses pensamentos que habitavam sua mente. As imagens de Harry durante a visita à Godric’s Hollow apareciam em sua mente em meio a outros pensamentos, e estar na casa dos Potter havia mostrado que a vida podia ser curta demais. Lembrava da casa, das coisas mantidas como há dezesseis anos, as fotos de um casal feliz, uma família recém começadae que por vontade de uma criatura tão vil, tinha acabado. Não que nunca tivesse pensado na história do amigo. É claro que por vezes tinha imaginado em como tudo seria diferente se os pais de Harry ainda fosse vivos, e no qüão mais calma seria sua vida em Hogwarts. Mas estar lá, e ver o sofrimento do moreno daquela forma, fora no mínimo chocante. Se ela já não odiasse Voldemort, agora teria sido impossível não fazê-lo.
Ainda pensava em todas aquelas coisas quando sentiu-se sendo abraçada por dois braços fortes, já tão conhecidos quanto seu dono. Um leve calafrio lhe percorreu a espinha quando Rony beijou sua nuca e perguntou junto ao seu ouvido:
_ Você não vai descer? Tá todo mundo lá embaixo.
_ Eu estava aqui… pensando. – ele abraçou-a ainda mais forte.
_ Mi, eu sei que é difícil, mas a gente não pode se deixar abater. Precisamos ser fortes. – virou o rosto da namorada e completou olhando-a nos olhos. – E não esqueça que eu sempre vou estar com você. Não importa o que aconteça.
_ Ah, Rony. Рela beijou-o carinhosamente. РMas desde quando voc̻ se tornou ṭo perspicaz para saber o que eu estava pensando? Рele riu.
_ Eu te coneço mais do que a mim mesmo.
Ficaram mais um tempo namorando e olahndo o pôr-do-sol, até que Rony sentiu Hermione suspirar em seus braços.
_ O que foi, Mione? – ela sorriu marota e pediu.
_ Diz uma coisa bonita pra mim?
_ O mar. – ele olhou-a divertido.
_ Ahm?
_ Ué, você não queria que eu falasse uma coisa bonita? O mar é bonito, então…
_ Poxa, Rony. Pensei que você fosse falar de mim, sei lá fazer uma média… – a morena fez um muxoxo.
_ Mas voc̻ pediu para eu falar uma coisa bonita. Se voc̻ queria que eu falasse de voc̻, teria que ter pedido para eu falar de uma coisa bonita e gostosa! РHermione corou imediatamente.
_ Ron!
A exclamação da morena sumiu, abafada pelo beijo que trocaram enquanto o sol terminava de se pôr, dando fim a mais um dia.
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O dia seguinte passou tão rápido que quando Harry percebeu havia chegado o dia do aniversário de Gina. Levantou-se e trocoude roupas rapidamente, pegou o colar que havia escondido entre suas meias, rindo por lembrar da semelhança deste com o presente que ela mesma lhe dera em seu aniversário, e foi acordar a namorada. Entrou procurando não fazer nenhum barulho e curvando-se sobre a ruiva, deu-lhe um beijo sobre os lábios rosados.
_ Gi…
Como a garota nem havia se mexido, Harry sentou na beira da cama e resolveu fazer com que ela provasse um pouco do próprio remédio. Delicadamente começou a tocar a pele da barriga da garota, fazendo-lhe cócegas. Deixando que seu monstro particular comandasse seu cérebro, ao menos um pouco, as cócegas aos poucos se tornaram leves carícias, que foram acompanhadas de beijos cada vez menos leves, depositados pela face da garota, seu pescoço e ombro.
Se Gina acordou por causa das cosquinhas ou por causa das carícias, Harry não saberia dizer, pois ele só reparou que ela tinha definitivamente acordado, quando ouviu um leve gemido em seu ouvido e as mãos da ruiva se embrenhando em seus cabelos, puxando-o para mais perto. Procurando desligar o megafone que berrava em seu cérebro para que continuasse, o rapaz se separou da namorada e olhando-a nos olhos, disse baixinho:
_ Feliz aniversário. – colocou a pequena caixa em suas mãos.
_ O que é isso?
_ Seu presente. – ele riu fazendo-a corar. – Pensei que você fosse mais inteligente, ruiva. A gente normalmente recebe presente nos aniversários.
_ Seu bobo. – ela falou ainda mais vermelha.
_ Abra e diz se gosta.
O rapaz observou ansioso, enquanto ela sentava-se na cama e abria a delicada caixinha, retirando de dentro o delicado colar. Gina viu um bilhete dentro e ao ler, seus olhos ficaram rasos d’água. Não sabia se estava mais emocionada com o presente ou com o bilhete que encontrara e que dizia:
“Lilly, hoje você me deu o maior dos presentes: Harry. Infelizmente você vai ter que se contentar com esse cordão como prova de meu amor por vocês. Obrigado, James.”
E numa letra diferente da outra, uma caligrafia que ela conhecia muito bem, a seguinte frase:
“Gina, você é muito importante pra mim. Feliz aniversário. Com amor, Harry.”
_ Oh, Harry… – fitou o cordão em suas mãos, uma jóia que já representara um amor tão grande, e que agora era dela. – … eu te amo!
_ Eu queria te dar o mundo, ou pelo menos a certeza de que vamos ficar juntos para sempre, mas eu não posso. Então pensei em lhe dar esse colar pelo que ele representa…
_ É lindo, eu adorei. – virou-se um pouco de lado e pediu. – Me ajude a colocar.
Os dedos de Harry encontraram certa dificuldade para abrir o fecho do cordão e mais ainda quando, em contato com a pele da ruiva, tiveram que fechá-lo. Sem se conter beijou-lhe a nuca assim que conseguiu, provocando arrepios tanto nele quanto nela.
Gina não se conteve e girando o corpo rapidamente, se jogou nos braços de Harry enchendo-o de beijos. O moreno, pego de surpresa, não conseguiu evitar que seu corpo fosse jogado para trás e com isso caísse da cama levando a garota consigo.
_ Ui. – enquanto ele gemia com o impacto, Gina segurava uma risada e voltava a beijá-lo dizendo.
_ Eu te amo. Obrigada.
_ Que barulho foi esse? РHermione acordara com o som da queda, mas ao ver o casal no cḥo pareceu entender o que estava acontecendo. РVoc̻s poderiam ser mais discretos? Assim ṿo acordar a casa toda com esse amasso!
O casal, ao ver a amiga tentando esconder a cabeça em baixo o travesseiro e tentar voltar a dormir, não se conteve e começou a gargalhar. Hermione não podia imaginar o quanto a sua atitude fora parecida com a de Rony. Gina ainda rindo, sob os protestos da amiga que agora desistira de voltar a dormir, levantou-se ajudou Harry a fazê-lo também.
_ Pode deixar, Hermione. Eu só vim acordar a aniversariante. – deu um beijo em Gina e completou apontando para a amiga. – Vou esperar você, Gi, lá em baixo para não atrapalhar certas pessoas preguiçosas.
_ Ei, eu ṇo sou pregui̤osa. Рa morena falava ainda debaixo das cobertas. РE desde quando voc̻ ficou ṭo engra̤adinho?
_ Desde que você passou a se parecer com o Rony. Só falta roncar.
Harry ainda mandou um beijo para Gina antes de sair porta a fora, se desviando dos travesseiros jogados por Hermione.
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Quando Gina desceu as escadas, alguns minutos depois, não só Harry a estava esperando, mas também Arthur, Molly, Gui, Fleur e a senhora Longbotton. Deu uma piscadinha para Harry e se aproximou dos pais, sendo imediatamente abraçada por eles.
_ Feliz aniversário, querida. – a senhora Weasley a beijava carinhosamente.
_ Parabéns, minha princesa.
_ Papai! – ela tinha ficado extremamente envergonhada de ser chamada daquele jeito na frente de Harry.
_ O que eu posso fazer se você será para sempre a minha princesinha? – Arthur falava ainda abraçado à filha. – Tome aqui está o seu presente.
Gina pegou a caixa das mãos do pai e abrindo viu um conjunto novo de vestes escolares. Sorriu agradecida, pelo menos naquele ano suas vestes seriam novas e não de segunda mão.
_ Obrigada.
_ Não é, nem de longe, o presente que você deveria ganhar. – Molly falava próximo à filha. – Mas compensaremos no Natal.
_ Não tem problema, mãe. Está ótimo, eu precisava mesmo de um novo uniforme.
_ Ei, eu tamb̩m posso abra̤ar voc̻? РGui falava com um grande sorriso.
_ É claro. – Gina se desvencilhou da mãe e foi abraçada por Gui.
_ Feliz aniversário. Tome, eu acho que vai ser útil. – o irmão entregou um pacote que qunado a ruiva abriu, viu que guardava uma capa-escudo. – Com o namorado que você arrumou, qualquer proteção extra é bem vinda.
_ Gui! РFleur chamou a aten̤̣o do marido ao ver que Harry se encolhia na poltrona, querendo sumir. РNon liguem parra ele. Voc̻ prrecisa de prote̤on porrque non foge da luta, ̩ uma verrdaderra Weasley. Рdeu dois beijos estalados nas bochechas da cunhada. РEsse ̩ o meu. Esperro que goste, oui.
Gina olhou dentro da sacola que Fleur lhe entregara e pode ver que lá estavam vários frascos com poções e cremes de beleza. Sorriu para a cunhada que devolveu um pequeno sorriso. Tinha que admitir que Fleur sabia escolher presentes “úteis”.
_ Obrigada.
_ Porr nada. Рa francesa olhou para Gina e exclamou. РMas que lindo! Eu nunca vi voc̻ com este colarr antes.
_ Nem eu. – Gui concordou se aproximando da esposa.
_ Foi o Harry que me deu. Рo rapaz sentiu a face queimar quando todos os rostos passaram do colar com pingente de cora̤̣o, para ele.
_ Bela escolha, cunhado. – o moreno apenas deu um sorriso amarelo.
Depois que todos terminaram de cumprimentar Gina pelo aniversário, foram tomar o café da manhã, sendo acompanhados pelos demais, que já haviam acordado e descido. Apesar de Lupin ter liberado a ruiva do treinamento, ela se juntou aos demais e praticou normalmente. O dia passou rápido e a noite Augusta providenciou um jantar especial de comemoração, onde até os gemêos vieram participar.
_ Gininha! Você está tão crescida! – Fred abraçou a irmã, que tinha os olhos estreitos de raiva, por ouvir o detestável apelido.
_ Daqui a pouco já é uma mocinha. – George completou, enquanto também a abraçava.
_ E daqui a pouco voc̻s ṿo sentir o poder da minha varinha, se continuarem com isso. РGina falava enquanto era imprensada entre os dois.
_ Mas como você só está fazendo dezesseis anos, Gininha… – Fred a olhava maroto, sendo completado por George.
_ … ainda não pode fazer magia.
_ Então não teremos de nos preocupar…
_ … até o ano que vem. – George terminou sob o olhar homicida de Gina, que foi aos poucos se suavizando ao receber os carinhos dos irmãos.
_ Feliz aniversário! – falaram juntos, enquanto entregavam seu presente.
- Iamos te dar um daqueles kits com feitiços de fantasia, ou kits mata-aula… – falava George sendo logo seguido por Fred.
_ … mas achamos que você já tem distração suficiente com o Harry.
_ Obrigada. – Gina agradeceu o lindo vestido que ganhara. – É lindo.
Os dois sorriram para a irmã, e passando por Harry que estava no sofá próximo à escada, sussurraram para ele.
_ Estamos de olho em você, Potter.
Mesmo que não fosse de maneira tão ostensiva quanto antes, Harry podia perceber que os irmãos Weasley estavam sempre os vigiando, por onde quer que fossem. Ele já estava ficando irritado com aquilo, e só não tinha falado nada ainda porque não queria brigar com eles. Numa atitude de certo desafio, o moreno levantou-se e abraçou a namorada por trás, apoiando sua cabeça no ombro dela e beijando seu pescoço, enquanto ela continuava a conversar com Mione e Luna. Percebeuos olhares sérios dos cunhados sobre eles, ao mesmo tempo em que via Gina corar. Podia estar brincando com fogo e se arrepender depois, mas naqele dia estava se sentindo particularmente audacioso. Estreitou ainda mais o abraço e sorriu na direção dos gemêos, que apenas levantaram uma sobrancelha, como que dizendo que a batalha estava apenas iniciando.
Depois do jantar e do delicioso bolo que havia sido preparado, Harry já ia saindo com Gina para a praia, quando sentiu duas mãos o pararem abruptamente.
_ Não tão rápido, Potter. – a voz de Fred chegou ao seu ouvido, mas ao invés de ser completado por George, foi Gui quem falou.
_ Gina, a mamãe está te chamando.
_ Depois eu…
_ Depois não, ela quer falar com você agora.
A ruiva voltou para a sala, resmungando algo como “pensam que estão na idade média”, e Harry apenas se viu sendo levado para o escritório, onde não se surpreendeu ao ver George e Rony os esperando. Olhou para o amigo que estava sentado em um canto, em silêncio, e ao vê-lo, apenas deu de ombros.
_ Acho que está na hora de termos uma conversinha. – Gui falava, enquanto o sentava numa cadeira.
_ Ṇo ̩ melhor deixar essa conversa para outro dia, talvez esperar por Carlinhos? РHarry argumentou.
_ Na verdade, não será bem uma comversa. Nós vamos perguntar e você vai responder. -falou George. – E aho que mais um Weasley nessa sala não seria de alguma ajuda para você.
_ E nem pense em tentar nos enganar.
As palavras de Fred fizeram com que Harry ficasse ainda mais irritado. Na verdade aquela história toda estava fazendo com que chegasse ao seu limite. Já não bastava todas as coisas que tinha que suportar, ainda tinha que aturar aquele bando de ruivos pedindo explicações. Fazendo um esforço supremo para se controlar, sibilou.
_ O que vocês querem afinal?
_ Nós queremos saber como anda exatamente o seu namoro com a nossa irmã?
_ Muito bem, obrigado. – o moreno não resistiu à provocação. – Não precisavam se preocupar em perguntar.
_ Acho que você não entendeu, Harry. – Gui falava sério à sua frente. – Nós queremos saber até onde você foi com a Gina?
Harry olhou diretamente para Rony, que se mantinha impassivel no seu canto. Ao que tudo indicava ele não tinha contado nada do que sabia para os irmãos, pois se eles soubessem até mesmo do pouco que Rony tinha conhecimento, provavelmente não o teriam chamado para uma conversa e sim para um duelo. Respirou fundo e respondeu tentando manter a calma.
_Até onde vocês querem que eu tenha ido? Em termos de distância, fomos até o final da praia algumas vezes, ah, e também à Godric’s Hollow.
_ Talvez não seja uma idéia realmente brilhante, você querer brincar com a nossa cara, Harry.
_ Então perguntem logo o que querem saber de fato!
_ O que nós queremos saber é se a nossa irmã é… inocente. – Fred questionou.
_ Inocente a sua irṃ nunca foi. Pelo menos a sua ṃe diz que ela ̩ a verṣo feminina dos gem̻os. РHarry viu as faces dos cunhados se tornando cada vez mais rubras. РMas se voc̻s esṭo querendo saber se ela ainda ̩ virgem, por que ṇo perguntam para ela?
_ POR QUE ESTAMOS PERGUNTANDO PRA VOCÊ! – Gui urrou prestes a explodir.
_ Vocês querem que eu diga o quê? Que transei com ela na praia, com o mar como testemunha, ou que até agora só peguei em sua mão? Por que, vamos ser sinceros, qualquer resposta que eu der, pelo visto não vai agradar. – Harry já estava de pé, pronto para pegar a sua varinha, quando ouviu a porta sendo aberta e Lupin perguntar.
_ O que está acontecendo aqui? – Remus se aproximou do mais velho dos irmãos Weasley e disse. – Gui, você acha que essa é a melhor hora pra isso?
Gui abaixou a cabeça e concordou:
_ Você tem razão.
_ Mas Gui… – os gemêos ainda pareciam querer um duelo.
_ Harry, por que voc̻ e Rony ṇo voltam para a sala? Рo licantropo falava calmo e o moreno assentiu, levantando-se. РE voc̻s dois, ̩ melhor se acalmarem. Рfalou para os gem̻os.
——- —–
Harry já estava no corredor quando Rony o alcançou e disse:
_ Desculpa ai, cara. Mas eu não pude evitar que eles fizessem aquela cena.
_ Tá. – grunhiu o moreno.
Ele sabia que o amigo não participara ativamente do interrogatório, mas não conseguia deixar de sentir uma grande raiva. Podia até estar sendo injusto, pensando daquele jeito, mas talvez Rony não tivesse falado nada, por já ter feito o mesmo pessoalmente. E também o ruivo não tinha feito nada para ajudá-lo, só ficara lá, calado, olhando tudo como se não tivesse nada a ver com a história.
Sem olhar para Rony e nem para as pessoas na sala, Harry saiu para a praia. Se visse mais alguém de cabeça vermelha à sua frente, era capaz de estuporá-lo. Bom, talvez não, se a cabeleira em questão fosse a de Gina. Sentou-se na areia e ficou ouvindo o barulho do mar, de olhos fechados e respirando fundo, procurando se acalmar, enquanto pensamentos desconexos iam e vinham à sua mente. Como se ele não tivesse mais o que se preocupar, a não ser os irmãos da namorada. Talvez, e somente talvez, fosse uma boa idéia aproveitar que os cunhados já imaginavam o pior (ou seria melhor?) sobre o namoro dele e Gina, para finalmente atender aos pedidos de seus hormônios.
A imagem dele e da ruiva, fazendo tudo que os Weasley pensavam que tinha acontecido entre eles, foi dissipada pelo som suave de alguém que se aproximava. Abriu um largo sorriso, imaginando que era a dona de seus sonhos, mas isso também se desfez ao ver Remus se aproximando.
_ Posso falar com voc̻ um minuto? РHarry apenas deu de ombros. РSabe as vezes voc̻ age igualzinho a seu pai.
_ Como por exemplo?
_ Agora a pouco. Você sabia que abraçando Gina daquele jeito, na sala, estava provocando os irmãos dela e mesmo assim você fez.
_ Meu pai também arrumava briga com a tia Petúnia?
_ Não! Na verdade acho que eles só se viram uma meia dúzia de vezes. Mas ele também não se deixava intimidar.
_ Eu não quero arrumar briga com os Weasley. Eles são a minha família, mas eu já estou de saco cheio deles ficarem no meu pé!
_ Eu percebi. РLupin falava com um sorriso zombeteiro no rosto. РPrincipalmente quando vi que voc̻ estava prestes a duelar com tr̻s deles.
_ Er… acho que eu estou meio encrencado agora…
_ Possivelmente. Mas eles tinham alguma razão, não é mesmo…
_ Um pouco, mas nada pra tamanho escândalo… – viuo ex-professor olhá-lo sério, mas ainda com um leve sorriso e resmungar.
_ O Sirius me paga por eu ter que ter essa conversa com você.
_ Ahm?
_ Nada. É que eu queria que você soubesse que se… bem, se precisar conversar com alguém sobre… bem… – Harry não conseguiu se conter e começou a rir, frente ao embaraço de Remus.
_ Ok, já entendi… já entendi. – procurou se acalmar.
_ Não ria! O assunto é sério. Acho que eu não conseguiria acalmar os Weasley, se Gina aparecesse grávida de repente. – Harry ficou sério.
_ Tá, eu sei. Não precisa se preocupar.
_ Espero que ṇo. Рo homem sorriu condescendente. РTem outra coisa que eu quero falar com voc̻.
_ Mais sermão?
_ Não. E eu não estava dando sermão. Só achei que talvez você pudesse querer conversar certos assuntos com alguém que não fosse um Weasley.
_ Tá certo. Se eu precisar conversar sobre “certos assuntos” eu procuro você. Agora o que você quer me falar?
_ Com licen̤a. Posso interromper? РGina se aproximava e Harry ṇo p̫de deixar de perceber a expresṣo, ao mesmo tempo decepcionada e aliviada, de Lupin.
_ Claro, Gina. Tudo bem. Harry, amanhã depois do treinamento a gente conversa com calma, ok?
_ Tá bom.
Depois com um aceno de cabeça, Lupin se despediu deixando os dois jovens sozinhos. Gina sentou ao lado de Harry, visivelmente aborrecida.
_ O que meus irmãos fizeram com você?
_ Nada.
_ Nada uma ova. Eu vi a cara deles quando voltaram para a sala e a sua quando veio para cá.
_ Eles se preocupam com você, só isso.
_ O que eles queriam? – a ruiva sibilou furiosa.
_ Saber até onde nós já fomos.
_ O quê?
_ Você sabe… – ele levantou uma sobrancelha. – No nosso namoro.
_ Ah, mas eles ṿo ver at̩ onde eu vou! Рela tenta se levantar, mas ̩ impedida por Harry que segura em seu bra̤o.
_ Gina…
_ E o que voc̻ falou? Рele apenas riu discretamente.
_ Bom, eu perguntei se eles queriam que eu dissesse que a gente não fez nada ou que fizemos de tudo… – ela riu incrédula.
_ E eles?
_ Eles estavam a ponto de me estuporar, quando Lupin interviu.
_ E o Rony? Ele me disse que não ia mais ficar regulando.
_ O Rony não fez nada. Quem participou do interrogatório foram os gemêos e o Gui.
_ O Rony não participou, mas não fez nada para impedir, não é?
Harry não queria concordar abertamente com a namorada, então resolveu fazê-la se acalmar.
_ Esquece isso, Gi.
_ Mas Harry…
_ Vem. Vamos dar mais motivos para eles implicarem…
Os dois ainda continuaram namorando na praia durante um bom tempo, até que resolveram entrar. Gina tinha a impressão de que não havia tido outro aniversário tão bom quanto aquele. Se sentindo vingada ao ver a cara emburrada dos irmãos, quando resolveram enfim entrar, se despediu dos pais e deu um grande beijo em Harry antes de ir dormir.
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O treinamento de oclumência naquela manhã estava bastante complicado. Mesmo Lupin fazendo com que ele treinasse com Hermione, e não com Gui como o próprio queria, Harry não ficava de todo tranquilo. Tinha que se sair muito bem em oclumência, para não dar nenhuma brecha para os cunhados. Até agora estava indo bem, a amiga por mais que tentasse, não havia conseguido “ler” nada da sua mente, em compensação ele tinha facilmente visto muitas coisas na mente de Mione. Ele até teria algum trabalho para esquecer algumas das cenas que vira. Não podia se esquecer de perguntar ao Rony como ele fazia aquilo…
Na hora do almoço, Harry ficou para trás para poder conversar com Remus sobre o assunto pendente da noite anterior, mas quando este abriu a boca para falar, foi interrompido por Gui que voltou correndo para o porão, com uma aparência assustada.
_ Remus, é melhor você subir. Eles chegaram.
_ Mas… O Carlinhos não disse que eles só viriam no sábado? – ele tinha uma expressão surpresa, mas feliz. – Harry é melhor você vir comigo.
Rumaram rapidamente para a sala, mas antes que Harry entrasse, Lupin parou-o e pediu que se acalmasse. Estranhando o pedido e amis ainda as caras espantadas das pessoas na sala, olhou para o ponto da sala ao qual todos estavam encarando e sentiu seus olhos arregalarem ao ver a pessoa que chegara junto com Carlinhos Weasley.
_ Sirius!?!
_ Harry! Рo homem se aproximou rapidamente, fazendo men̤̣o de abra̤ar o rapaz, mas teve que parar quando o viu apontando a varinha para seu peito.
_ O que está acontecendo? Quem é você?
_ Harry. É ele mesmo. É o Sirius. – Remus se aproximou e segurou no braço esticado do rapaz, tentando fazer com que este o abaixasse. – Calma, que tudo será explicado.
Harry olhava para todos os rostos naquela sala. Estava atônito. Que brincadeira de mau gosto era aquela? Ou será que era algum tipo de pesadelo? Como seu padrinho poderia estar ali, na sua frente, depois de todo aquele tempo? Ele vira Sirius sendo atingido pela azaração de Bellatriz e caindo naquele véu. Dumbledore já havia explicado que não tinha como ressucitar os mortos. E Sirius morrera, tanto que herdara seus bens. Ele não iria herdar nada se ele não houvesse morrido, herdaria? Sentindo a cabeça prestes a explodir, ante tanta informação, Harry girou sobre os calcanhares e subindo as escadas de dois em dois degraus, entrou no próprio quarto, batendo a porta atrás de si.
Sirius observou seu afilhado, praticamente em choque, primeiro tentar atacá-lo e depois, sair correndo da sala. Definitivamente não era essa a reação que ele esperava. Tinha imaginado uma festa maravilhosa, todos chorando comovidos de saudades… Tá, ele nem tinha imaginado tanto, mas também o Harry não precisava sair correndo como se ele fosse o próprio “coisa-ruim”. Olhou em volta e tirando Gui, Lupin e Arthur, que já sabiam que ele voltaria, todos estavam estarrecidos. Sentou novamente na poltrona e ouviu alguém dizer.
_ Eu vou lá falar com ele. – Gina estava tentando resolver aquele quebra-cabeças: então era dele que seu irmão falara.
_ Não Gina, deixa que eu vou. – Lupin falava sério, depois pediu a Carlinhos. – Será que você pode ajudar Sirius a esclarecer tudo pra eles?
_ Ṇo Remus, eu vou falar com o Harry, junto com voc̻. Рse levantou e ficou ao lado do amigo, enquanto falava com os outros. РVoc̻s me desculpem, mas eu explicarei tudo depois.
_ Certo, então vamos. – Remus virou-se para Gina que já estava com um pé na escada. – Talvez seja melhor você ficar, pois eu não sei como vai ser essa conversa.
_ Mais um motivo para eu ir. Рa ruiva estava s̩ria. РEu vou subir e quero ver quem vai me impedir.
_ Ṇo quero ser indelicado, Ginevra, mas acho que vai ser uma conversa particular. Рas orelhas de Gina se tornaram rubras, numa evidente demonstra̤̣o de raiva.
_ Acho que tem muita coisa que você perdeu nesse seu “passeio” pelo mundo dos mortos, Sirius Black. Por isso eu vou desconsiderar as suas palavras. – e virando-se, subiu as escadas e entrou no quarto do moreno.
_ Harry? Рele estava sentado na cama, com a cabe̤a apoiada nas ṃos.
_ Como, Gi? Como pode ser ele? Como isso aconteceu?
_ Não sei, amor. – ela sentou-se ao seu lado e o abraçou. – Mas pensa: é uma boa notícia, não é?
_ É claro que é. Mas…
_ Mas você quer saber o que aconteceu comigo e por que eu demorei tanto a dar notícias, não é? – a voz grave de Sirius fez com que os jovens se soltassem e virassem para a aporta.
_ Remus, voc̻ tem certeza de que ̩ ele mesmo? РHarry perguntou diretamente ao ex-professor, que confirmou com um gesto de cabe̤a. РComo?
_ Eu achei que você fosse ficar feliz em me ver, Harry.
O tom de voz demonstrava uma certa mágoa e o rapaz pareceu despertar para a realidade. Quantas vezes não desejou aquilo? Quantas vezes não sonhou que pelo menos Sirius tinha conseguido sobreviver? Se Lupin tinha certeza que era ele, o como e o porquê podiam ficar para depois. Levantou-se da cama e com passos rápidos se jogou nos braços do padrinho, aquele a quem considerava como um pai.
_ Desculpe. – os olhos verdes estavam úmidos e algumas lágrimas escaparam. – É que… é inacreditável!
_ Você não seria o mesmo, se aceitasse tudo numa boa.
A colocação de Sirius, conseguiu aliviar um pouco o ambiente e fez com que todos rissem. Gina percebendo que Harry estava melhor, se aproximou do rapaz que ainda estava abraçado ao padrinho e tocando em seu ombro disse:
_ Eu vou esperar vocês lá embaixo, ok? – já ia se afastando, mas o namorado a segurou pelo braço.
_ Ṇo. Voc̻ fica. Agora eu quero que esse aqui me explique tudinho. Рapontou Sirius com a cabe̤a.
_ Não é melhor descermos e contarmos essa história toda só uma vez, para todo mundo? – Remus sorria, esperando que os outros decidissem.
_ Certo. – Harry concordou.
— ——– –
Quando Harry desceu as escadas ao aldo de Gina, percebeu que todo burburinho que antes reinava na sala, foi sumindo e teve a certeza de que todos estavam esperando para que Sirius finalmente contasse sua história. Sentou-se no sofá, ao lado de Gina, e respondeu à pergunta muda de Rony sobre o que estava acontecendo, com um levantar de ombros.
_ Acho que eu posso começar. – Carlinhos se levantara e agora andava de um lado para outro com as orelhas levemente vermelhas. – Eu estava fazendo alguns contatos para a Ordem, com bruxos na Grécia, quando encontrei por acaso, Sirius internado no hospital de Atenas. – o maroto confirmou com a cabeça e o rapaz continuou. – Aparentemente o véu no qual eu caí era uma espécie de portal, onde a saída era em outros portais semelhantes. E eu saí no que estava em Atenas.
_ E por que voc̻ ṇo voltou? РHermione perguntoucuriosa.
_ Porque o impacto do feitiço que me atingiu, junto com a magia do portal, fizeram com que eu perdesse a memória.
_ Pelo que me disseram no hospital… – Carlinhos continuou. – … ele apareceu, totalmente sem sentidos, no Ministério da Magia Grego e eles o levaram pro hospital imediatamente, onde continuou desacordado por mais de um mês. E quando acordou, não sabia mais quem era.
_ Mas eles não sabiam onde dava o portal?
_ Aí é que está! Eles sabiam que eu tinha vindo de um dos outros portais…
_ Existem muitos iguais a esse? – agora foi a vez de Rony perguntar.
_ Aparentemente tem sim. Aqui, na Grécia, nos Estados Unidos, Japão e alguns outros países…
_ Então eles sabiam e não fizeram nada?
_ Fizeram. РSirius continuou, calmo. РEles me informaram, depois ̩ claro, que enquanto eu estava desacordado, enviaram uma foto minha para reconhecimento, aos outros Minist̩rios onde haviam o tal portal, e que ṇo fui reconhecido por nenhum.
_ Nem pelo nosso?
_ O Ministério da Magia Britânico, informou apenas que estava atravessando um período muito conturbado, e que tinha coisas mais importantes para se preocupar do que um bruxo desmemoriado.
_ Isso ̩ um absurdo! РMolly se esquecera completamente dos desentendimentos que tivera com Sirius e agora se mostrava ultrajada com o ocorrido.
_ Mas se você não morreu… como eu pude herdar todos os seus bens?
_ Eu não sei bem, Harry. Mas talvez, como o Ministério me deu como morto… para a Inglaterra eu seja um fantasma. – todos riram.
_ E depois? – Hermione continuava curiosa sobre tudo que acontecera.
_ Bom, depois que eu acordei, passei ainda um tempinho sem saber direito quem era e o que tinha acontecido.
_ Um tempinho? – Remus perguntousorrindo.
_ Tá. Alguns meses. Mas aos poucos eu fui me lembrando de algumas coisas: meu nome, minha família, Azkaban, Harry…
_ E por que não deu notícias? – Gina perguntava.
_ Eu não sabia se ainda estava sendo perseguido. Então preferi ficar quieto no meu canto, esperando uma oportunidade segura para entrar em contato. Eu não sabia o que tinha acontecido depois daquela batalha no Ministério. Vejam bem,o pessoal daqui não divulgou nada do ocorrido e os gregos, bem os gregos estão longe demais do perigo para terem informações corretas sobre Voldemort e seus seguidores. Mas aí um dia, estava eu sendo atendido atenciosamente por uma bela enfermeira, muito gost…
_ Sirius!
_ Desculpa, Molly. Bom, lá estava eu mantendo minha pose de desmemoriado, quando o nosso amigo Carlinhos aqui… – apontou para o jovem Weasley que no momento era abraçado pelo pai. – … me encontra e me põe a par das novidades.
_ Isso foi há quanto tempo?
_ Cerca de um mês atrás, logo após a morte de Dumbledore.
_ E por que você não voltou logo?
_ Simplesmente porque os médicos acharam muito extraordinário que eu tivesse recobrado a memória de forma tão rápida depois de tanto tempo e me mantiveram em observação.
_ E agora?
_ Agora eu vou…
_ Alto lá. Você não vai a canto nenhum ainda, Sirius. Eu vou convocar uma reunião urgente da Ordem para hoje ainda, se você não se incomodar, Augusta. – a senhora Longbotton, que se encontrava calada, apenas concordou com a cabeça. – Então veremos o que vamos fazer.
_ Eu não vou ficar de novo escondido enquanto aquele… aquele seboso está solto. – Sirius gitou enfurecido.
_ Não estou pedindo para você se esconder. Mas para esperar até vermos se o Ministério não vai cair em cima de você novamente, assim que souberem que voltou.
_ Ok. Então eu vou aproveitar a hospitalidade da senhora Longbotton e me inteirar de tudo que andou acontecendo durante, como foi mesmo que a Gina falou? – a garota corou imediatamente ao lembrar como falara com Sirius. – Ah, sim, lembrei. Durante o meu “passeio” pelo mundo dos mortos.
_ Sirius, eu gostaria de me desculpar. – a ruiva falou sincera.
_ Ṇo precisa se desculpar. Рe virando-se para o afilhado, completou. РBela escolha, Harry. Seu pai ficaria feliz em ver que voc̻s tem gostos bem parecidos.
O clima continuou descontraido durante o almoço e também à tarde. Harry não perdeu nenhuma oportunidade de estar com seu padrinho e aproveitou para contar tudo que tinha acontecido desde a batalha no Ministério no ano anterior. Sirius aproveitou toda oportunidade que pôde para fazer piadinhas sobre os namoros de Harry, Rony e também de Remus, principalmente ao saber que o amigo estava seriamente comprometido com sua prima.
À noite os membros da Ordem da Fênix compareceram à reunião convocada por Lupin e todos ficaram contentes com a volta do maroto. Schackelbolt ficou de verificar a situação de Sirius, junto às autoridades mágicas, mas confirmou que a principio ele não era mais um foragido de Azkaban, o que deixou todos extremamente aliviados.

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