quinta-feira, 25 de outubro de 2012

18. Apostas e Decisões


Assim que os integrantes da Ordem da Fênix começaram a sair, Sirius chamou Harry para que se sentasse ao seu lado, e ficou observando o afilhado se despedir da namorada, sob os olhares faiscantes de Gui e Carlinhos. Quando o rapaz se acomodou ao seu lado, perguntou em meio a um sorriso:_ Não tinha uma garota com menos irmãos ciumentos para você namorar?
_ Nenhuma que soubesse tantas azarações… – o rapaz riu. – …e fosse tão… bonita. – terminou sum sussurro.
_ Er… Já não bastou eu ter que aturar a cara de bobo do James quando se apaixonou pela sua mãe, agora eu vou ter que conviver com isso novamente. – ao ouvir as palavras do padrinho, Harry corou. – Ok. Deixa eu mudar de assunto para algo menos constrangedor.
_ Combinado.
_ Eu quero saber como estão as coisas com aqueles trouxas que você vive.
_ Melhores agora, que eu ṇo precisarei mais voltar. РHarry sorriu.
_ E quando terminar Hogwarts você vai para onde? Pra Toca?
_ Bom, o senhor Weasley disse que se eu quiser posso continuar com eles…
_ Certo. É que eu pensei que, como eu voltei, se talvez, você não preferisse, você sabe…
_ Com essa sua eloqüência, não dá para saber de nada… – o rapaz riu da cara que Sirius fazia.
_ O que eu quero saber é se você topa morar comigo?
_ Eu sei, mas tava ṭo engra̤ado voc̻ tentando perguntar que eu preferi me fingir de burro. Рcompletou gargalhando.
_ E então, senhor engraçadinho?
_ É claro que sim, mas a gente vai para o Largo Grimmauld?
_ Bom, isso eu não sei ainda. Mas a gente vai decidir até você terminar a escola.
_ Isso se eu não morrer antes, né?
_ Nunca mais diga isso, Harry. РSirius falou duramente, demonstrando a seriedade do assunto. РVoldemort ṇo precisa da sua falta de confian̤a. Ele precisa ̩ de uma azara̤̣o bem no meio da cara, de uma pessoa que ṇo o tema nem por um minuto.
_ É só que… – começou o rapaz desanimado.
- Desculpe, Harry. Eu sei que fui duro demais e sei que é muita coisa para você. – falou exasperado. – Mas você está treinando bastante, não está. – o outro concordou. – A Ordem está te ajudando na caçada dessas tais… cruzes.
_ Horcruxes.
_ Isso. A Ordem está te ajudando, não está? – novo assentimento. – O que você não pode esquecer é que não está sozinho nessa, Harry. Você tem muita gente boa do seu lado. Gente que realmente se importa com você e com o que é certo. Então não se preocupe com o qüão poderoso Voldemort seja agora. Depois que acabarmos com essas tais horcruxes, ele será somente um bruxo velho.
_ Mas eu ainda não serei tão poderoso quanto ele.
_ Eu não concordo. Ele pode ser poderoso e saber mais feitiços, mas se vermos por outro ângulo. Você só tem dezessete anos e já o derrotou algumas vezes, mesmo sem tanto treinamento, imagine agora com o Lupin e o Gui pegando no seu pé?
_ É você tem razão.
_ Mas ̩ claro que eu tenho raẓo. Eu sempre tenho raẓo. РSirius riu alto, aquele riso rouco que lembrava um latido, que Harry tanto sentiu falta.
– ———-
O dia seguinte ao retorno de Sirius ainda foi de comemoração. Sirius era todo sorrisos e ficava cercando Harry por todos os lados, numa atitude típica do Snuffles. O moreno não ficava atrás no quesito felicidade e a todo instante era visto ao lado do padrinho, ora rindo, ora conversando. Quando não estava junto do maroto, estava com Gina e conseqüentemente sob as vistas dos cunhados. Eles aparentemente ainda não tinham desistido de controlar o namoro de Gina e Harry via que a cada minuto que passava estava mais próximo o momento que iria realmente explodir.
Lupin e Gui tinham desistido do treinamento naquele dia, todos estavam excitados demais para se concentrarem corretamente, Remus então, se mostrava bastante animado com a volta do amigo de tantos anos, e contrariando o seu normal, se deixou relaxar e curtir aquela felicidade. Tonks também era toda sorrisos, primeiro pela volta do primo e segundo porque era tão raro ver Lupn brincando e gargalhando, que ela achava difícil acreditar que ele pudesse ser assim, mesmo Sirius garantindo que o Aluado não fora um maroto por acaso.
E assim o final de semana começou mais cedo e quando os gêmeos chegaram no sábado, mais cedo do que de costume e trazendo uma grande quantidade de cerveja amanteigada para a comemoração, pelo retorno de Sirius, a festa ficou quase perfeita.
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Ele nem podia acreditar. Era praticamente um sonho ter seu padrinho de volta. Tudo que Harry queria agora era aproveitar esses últimos dias de férias ao lado de Sirius, Gina, de seus amigos, sentindo aquela paz tão incomum para ele. Por exemplo agora. Em plena manhã de domingo, estava sentado confortavelmente numa poltrona na sala da casa de praia, sozinho, ele nem mesmo sabia como, pensando nas reviravoltas que a vida pode dar, enquanto Arnold pulava em seu colo, quando antes mesmo de ouvir seus passos, ele sentiu o aroma floral característicode Gina. Esperou que ela se aproximasse, com os olhos ainda semicerrados e puxou-a para seu colo. A ruiva apenas soltou um gritinho de susto, pois achara que Harry estava dormindo e caiu sobre o rapaz, quase esmagando o mini-pufoso que saltou do colo dele um segundo antes da dona sentar. Harry imediatamente passou os braços pela cintura da namorada aconchegando-a mais sobre si.
_ Harry! Рfalou enla̤ando-o pelo pesco̤o. Рachei que estava cochilando.
_ Não… Só estava pensando em como essas férias têm sido incríveis. – murmurou antes de beijar o pescoço de Gina.
Com os pensamentos desconexos, por causa dos beijos cada vez mais quentes e ousados no moreno, Gina, apenas gemeu baixinho, o que fez o monstro de Harry ganhar a luta contra a parte de seu cérebro que tentava avisar que aquilo poderia acabar mal. Como se tivessem vida própria as mãos do rapaz começaram a acariciar as pernas da ruiva que beijava-lhe os lábios sofregamente. Ele agradecia aos céus a quem tinha inventado as saias e os vestidos, pois dessa forma ficava muito mais fácil sentir a pele macia da garota. No momento em que ela mordeu-lhe o lábio e enterrou suas mãos nos cabelos negros, Harry perdeu completamente a noção do tempo, e ficaram ali, alheios a tudo, até que foram interrompidos por uma voz grossa que exclamava:
_ O QUE É QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? – Carlinhos tinha as orelhas vermelhas.
O casal se separou e no momento seguinte, Gina viu que todos os seus irmãos, menos Percy é claro, estavam à sua frente com os rostos vermelhos e semblantes furiosos. Podia até imaginar a cena: os irmãos Weasley que tinham todos resolvido ir à praia, ao entrarem alegres na casa, deram de cara com a irmãzinha caçula, sentada no colo do namorado, praticamente sendo engolida por ele. Ela entendia, mas nada justificava aquela confusão. Ela já estava era de saco cheio de toda aquela superproteção dos irmãos mais velhos. Enquanto ouvia os imprompérios que seus irmãos gritavam, sentia seu rosto esquentar e a mão de Harry, que ainda segurava a sua, apertando-a delicadamente.
_ DEIXA SÓ O PAPAI SABER DESSA POUCA VERGONHA! – Fred exclamava com a voz alterada.
_ PIOR. DEIXA A MAMÃE SABER O QUE A FILHA DELA ANDA FAZENDO. – completou George.
_ VOCÊ NÃO TEM MESMO NOÇÃO DO PERIGO, HEIN POTTER? – Gui perguntou.
Apenas Rony não gritava, somente olhava com aquela cara de “eu avisei”. Aquilo já estava beirando o rídiculo e Harry já estava se irritando com todo aquele controle dos irmãos Weasley sobre eles. Quem visse, podia imaginar que eles não gostavam do rapaz, que Harry fosse um Malfoy da vida, não uma pessoa a quem eles conheciam há tanto tempo e que consideravam da família. Percebeu que Gina também estava em seu limite e isso foi para ele a gota d’água.
_ CHEGA!! – a voz de Harry sobressaiu a dos ruivos que estancaram olhando-o diretamente. – PRIMEIRO: QUEM NÃO DEVE TER A NOÇÃO DO PERIGO SÃO VOCÊS. E SEGUNDO: A SUA IRMÃ JÁ É BEM GRANDINHA PRA PRECISAR DE BABÁ. – e puxando uma Gina bastante surpresa para fora da casa, completou. – VÃO CUIDAR DA VIDA DE VOCÊS, PORQUE EU JURO QUE SE ALGUÉM RESOLVER ENCHER O SACO DA GENTE NOVAMENTE, EU VOU ACABAR AZARANDO.
Os cinco Weasley se entreolharam, perplexos com a atitude de Harry que acabara de bater a porta dos fundos atrás de si. Antes que um dos irmãos deixasse a sala, Rony exigiu com um grande sorriso:
_ Podem ir passando os galeões pra cá. Eu disse que ele não ia suportar até o final das férias.
_ Inferno Sangrento. Eu falei que o Rony não podia apostar. Ele conhece o Harry bem demais. – Gui falava se sentando no sofá. – Perdi 2 galeões e 7 sicles.
_ E eu que apostei que ele não iria nos enfrentar até quando já estivessem casados? – Carlinhos sentou do lado do irmão. – Perdi 5 galeões…
_ Isso é porque você não conhece ele direito, Carlinhos. – Fred falava enquanto pagava a Rony os galeões que perdera. – Eu sabia que ele ia acabar estourando, mas achei que fosse ser no Natal…
_ Eu achei que o “show” ia acontecer depois que ele acabasse com o Cara-de-cobra. – George falava rindo. – Sabe, cheio de moral: “eu matei o coisa ruim, quem são vocês para falarem assim comigo”, essas coisas.
_ Sinceramente eu adorei essa aposta. – Rony falava mostrando o bolso agora cheio. – Podemos repetir mais vezes…
_ Não aposto mais nada sobre o Harry com você. – Carlinhos falava amuado. – É injusto… – de repente abriu um sorriso. – Talvez devessemos apostar quando você vai sair do zero a zero, Rony.
_ Ih, Carlinhos. Não vai dar para apostar nisso mais não… – Gui se levantou e agarrou o irmão mais novo pelos ombros. – Acho que o nosso Roniquinho aqui, já fez alguns pontos nesse jogo.
Com olhares surpresos e risadas maliciosas os outros irmãos cercaram Rony, que ficava cada vez mais vermelho.
_ Francamente, Ronald. – Fred falava imitando Hermione. – Você dá um passo desse na sua vida…
_ E ṇo conta nada para seus queridos irṃos? РGeorge completou.
_ Eu ṇo tenho nada para contar a voc̻s. Рmurmurou Rony irritado.
O mais novo dos irmãos Weasley se soltou de Gui e dando a conversa por encerrada, já ia saindo quando escutou o irmão dizendo.
_ Não precisa se incomodar, Roniquinho. Eu mesmo conto. É uma das vantagens de saber legilimência…
Provavelmente se olhar matasse, Fleur teria ficado viúva, pois Gui teria caído fulminado no chão, naquele instante, graças ao olhar assassino enviado por Rony, juntamente com um gesto rude.
—– ——
Como acontece com tudo aquilo que deveria continuar sendo segredo, a aposta sobre o “estouro” de Harry ficou sendo de conhecimento geral ainda naquela noite. O moreno ficou em parte enfurecido por ter sido alvo de mais uma das apostas familiares dos Weasley, em parte aliviado ao saber que nem toda aquela fúria super protetora dos cunhados era verdadeira. Mas uma vozinha, que era por demais parecida com a de Rony, continuava dizendo em sua mente que não era para ele abusar. Gina por sua vez, esbravejou com os irmãos, dizendo para quem quisesse ouvir, que eles tinham sido no mínimo patéticos. Sirius, por sua vez, se dizia aliviado por não ter sido convidado, mesmo que de última hora, a apostar, pois teria perdido galeões achando que Harry nunca iria enfrentar os Weasley. Após essa declaração, o clima que ficara tenso quando o casal se descobriu alvo da brincadeira, voltou a se tornar festivo e Harry procurou ignorar a visão de Lupin entregando algo que pareciam moedas para Rony.
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Sabe aquele ditado trouxa que diz que “o tempo voa quando a gente se diverte” ? Pois é, Harry tinha certeza de aquilo era real. Agora que queria que as horas passassem devagar, estas pareciam andar dez vezes mais rápido. Logo faltava apenas uma semana para que voltassem à Hogwarts, e a importância de irem ao Beco Diagonal ficou evidente.
Atendendo aos pedidos da senhora Weasley e até de Sirius, Harry não foi comprar seus livros e nem Gina. Gui que conhecia bem Gringotes, havia conseguido retirar dinheiro suficiente para que o rapaz gastasse com folga durante o ano e Harry entregou o suficiente para Rony comprar o material que iria precisar e também o de Gina, mesmo sob os protestos da mesma. Neville que também só precisava dos livros também não foi, pedindo para Lupin, que iria acompanhar Luna, que os comprasse. Rony conseguiu convencer os pais de que precisava de vestes novas, portanto precisava ir. Harry achava que o ruivo ia mesmo era aproveitar a oportunidade para gastar parte do dinheiro que ganhara com a aposta e comprar o presente de Hermione. Esta iria, além de comprar material e vestes, se encontrar com os pais, o que fez com fosse suficiente que apenas Gui os escoltasse além de Lupin.
Com a saída do grupo, Harry viu uma boa oportuniade para ficar sozinho com Gina, sem ter que ficar se preocupando com os cunhados aparecendo de repente. Discretamente puxou-a pela mão assim que teve oportunidade e rumou para a biblioteca, trancando-a atrás de si com um feitiço.
_ Voc̻ me surpreende, sabia? РGina perguntou com um sorriso, enquanto se sentava na mesa.
_ É? Como?
_ Quem convive com você, não consegue imaginálo assim…
_ Assim como? Рperguntou Harry enquanto a abra̤ava de modo a ficar entre suas pernas.
_ Solto… ousado… – as palavras iam sumindo da mente da ruiva à medida em que sentia o namorando beijando sua orelha, pescoço, nuca, ombro… – … sedutor…
_ Eu só sou assim com você… – murmurou baixo, com a voz rouca, no ouvido dela, o que a fez perder o controle e beijá-lo com paixão.
Em um determinado momento em que Harry já tinha encontrado sob a blusa de Gina e perdido a própria camisa, seu cérebro tomou conhecimento de uma voz que parecia chamá-lo. Deixou que seu monstro particular empurrasse essa informação para o fundo de seu cérebro e continuou na expedição atrás dos pontos mais sensíveis da ruiva. Ele sabia que se beijasse ali, exatamente naquele ponto entre a orelha e a nuca, ela ficaria imediatamente arrepiada. Ouviu a voz mais forte, e antes que pudesse ignorá-la novamente, um assovio bastate alto o trouxe de novo à realidade.
_ Incomodo?
_ Si… Sirius! – Harry reconheceu que a voz em sua mente era de seu padrinho. – Droga onde está a minha camisa? – murmurou enquanto Gina descia da mesa, mais vermelha que o normal. – Como você entrou?
Sirius, apesar da leve pena que começava a sentir de seu afilhado, deixou seu lado maroto falar mais alto e vendo que o rapaz não conseguia entender como tinha entrado na sala trancada, apenas levantou uma sobrancelha e mostrou seu canivete.
_ Ah. O canivete… – Harry enfim encontrou sua camisa e colocou-a.
_ Sabe… – começou Sirius com um meio sorriso. – Vocês não deviam fazer essas coisas perto de pessoas inocentes como eu…
_ Mas a… – o rapaz tentou se justificar mais foi interrompido pelo padrinho.
_ Ou então, quando tem alguém procurando por vocês. Principalmente se esse alguém é a Molly…
_ Minha mãe está procurando a gente? – Gina questionou, já mais refeita do susto.
_ Hum, hum. – confirmou. – Ela estava achando bastante suspeito o sumiço de vocês. Então eu me propus a ajudá-la a procurar.
_ Bosta de dragão! – a ruiva exclamou baixinho, ao sair. – Deixa eu ir lá ver o que ela quer.
_ Certo.
Assim que Gina saiu, Harry fez menção de segui-la, mas foi parado já a meio caminho da porta por Sirius.
_ Posso te dar um conselho?
_ Eu tenho opção?
_ Na verdade não. – segurou o afilhado pelo ombro, que o encarou. – Eu não vou dizer pra você maneirar, ou ir mais devagar. Esse papel eu deixo pro Remus. – o rapaz sorriu ao lembrar da conversa com Lupin. – Só vou dizer pra você tomar mais cuidado da próxima vez que resolver ficar mais à vontade com Gina. A Molly e até mesmo o Arthur, não iam ser tão discretos se vissem o que eu vi. E também… quando vocês decidirem ir mais além… procure um local mais romântico…
Harry viu quando Sirius, depois de deixá-lo pensando em seus conselhos, deu uma piscadela e saiu. Deixou-se cair numa poltrona e não conseguiu afastar o pensamento constante de que era a segunda vez que era flagrado em uma situação comprometedora com Gina naquela biblioteca. E em ambas as vezes escapara por pouco. Inferno sangrento! Ele estava parecendo um adolescente irresponsável controlado por hormônios. Bom, tirando a parte do irresponsável, ele talvez fosse isso mesmo. Se bem que ele não era nenhum poço de responsabilidade. Mas que droga! Ele estava agindo exatamente do jeito que sabia que não devia. Tinha que se manter concentrado no treinamento para enfrentar aquela maldita guerra, só no treinamento. Mas não. Desde o momento que voltara a encostar seus lábios nos da ruiva, suas certezas tinham ido por água abaixo e às vezes se esquecia completamente da guerra e que era uma das peças principais. Ficou mais um tempo colocando as idéias em ordem, até decidir que o melhor era aproveitar para treinar um pouco. Foi para o porão e ficou praticando feitiços e azarações até que Neville o chamou para almoçar.
—– ——
_ Eu ainda ṇo acredito que voc̻ teve coragem de fazer isso. РHermione falou resignada.
Hermione, Rony e o restante do grupo tinham acabado de aparatar no Beco Diagonal e ela e o namorado estavam indo se encontrar com os pais dela no Caldeirão Furado.
_ Isso o quê?
_ Essa história toda da aposta…
_ Mione, você tem que entender que essas apostas são uma espécie de tradição familiar. – ele riu quando a viu com o olhar incrédulo. – É sério! Eu lembro de uma vez, eu devia ter uns oito ou nove anos, a gente apostou por quanto tempo Gui ficaria sem namorar. – fez uma cara pensativa. – Essa eu perdi feio… Meus únicos nuques… Mas os gêmeos me convenceram de que namorar era coisa das trevas… – deu de ombros. – Pelo menos agora eu posso me sentir vingado.
_ Francamente, Rony. – dessa vez a reprimenda veio acompanhada de um grande sorriso. – Olha lá estão eles.
Rony ainda ficou junto dos Granger durante um tempo, até que aproveitando que vira Gui saindo do Gringotes, resolveu que esse seria o momento ideal para comprar o presente de Hermione.
_ Mione, eu vou at̩ a Madame Malkins enquanto voc̻ aproveita para matar as saudades dos seus pais, ok? Рdeu um beijo leve em sua bochecha. РCom licen̤a.
_ Tá certo. A gente se encontra depois.
Vencendo a distância até seu irmão mais velho com poucos passos, Rony foi com este até a Floreios e Borrões para comprar logo o material (Hermione vai me matar quando souber que eu vim sem ela!). Agradecendo a quem teve a idéia de irem no meio da semana e não no sábado, eles entraram na livraria razoavelmente vazia e num tempo relativamente menor do que esperavam, sairam de lá com todos os conjuntos de material que precisavam (Dois conjuntos de livros para o sétimo ano e um do sexto, por favor.). Enquanto Gui verificava se Hermione e os pais precisavam de ajuda (A gente não pode se descuidar da segurança), Rony aproveitou a oportunidade para ir até uma das lojas que ele nunca sequer parara para olhar a vitrine: Eldar’s – Presentes para todas as ocasiões. Era uma pequena loja, do lado oposto do Beco de onde ficava a Gemialidades Weasley. Diziam que sua proprietária era uma bruxa da alta sociedade, famosa até entre os trouxas e por esse motivo fora agraciada pela própria Rainha da Inglaterra com o título de Lady. Mas tudo que Rony tinha conhecimento é que precisava do presente perfeito para a namorada.
Uma hora mais tarde, Rony encontrou Lupin e Luna, que também estava acompanhada de seu pai, na loja dos gêmeos e foi informado que Gui e os Granger tinham ido à livraria. Pediu a Remus que guardasse consigo o pacote que trazia, para que Hermione não desconfiasse e foi ao encontro dela, que tão logo o viu quis saber por que não o encontrara na loja de roupas se dissera que estaria lá. usando toda lábia adquirida por ter sido criado com Fred e George, o que não impediu suas orelhas de ficarem vermelhas e a garota notar, ele deu uma desculpa qualquer, que ela preferiu fingir acreditar. Depois de um tempo muito próximo ao que ele levara para comprar 3 conjuntos de material, Hermione terminou suas compras (Mas Rony, eu precisava escolher penas novas, não podia ser qualquer uma!) e logo se despediam do senhor e da senhora Granger, com a promessa dela enviar notícias com mais freqüência.
Com todas as compras feitas o grupo desaparatou para a casa da praia, carregado de muitas sacolas e pacotes e com o estômago de Rony denunciando que já estava passando da hora do almoço.
—— ——-
_ Posso saber o que aconteceu? РRony perguntou ao observar Hary treinando azara̵̤es sozinho.
O ruivo percebera que o clima entre o amigo e sua irmã estava estranho desde que tinha pisado novamente na casa. Chegaram no final do almoço, mas Harry comera muito pouco, e apesar de estar sentado, como sempre, ao lado de Gina, não o vira falando e nem olhando para ela nem ao menos uma vez, o que era estranho pois ele vivia com a cara de bobo olhando pra ela, principalmente quando achava que ninguém estava observando. Na verdade nem Gina falara muito, o que também era estranho, e estava com semblante preocupado. Assim que pôde Harry se encaminhou para o porão dizendo que precisava treinar. Hermione, sempre mais perspicaz que qualquer um, também percebera e ficara de conversar com Gina enquanto ele falava com o amigo.
_ Não aconteceu nada, Rony. – falou em meio a um movimento de varinha. – Droga, isso não está certo.
_ Claro que não está certo. Primeiro é obvio que aconteceu alguma coisa, pois tanto você quanto Gina estão agindo como se tivessem perdido no quadribol para a Sonserina, e depois porque é um movimento ascendente curto com a varinha, não longo do jeito que você está fazendo.
O moreno apenas olhou para o amigo com cara de interrogação.
_ Ué? Eu já treinei esse feitiço que você está tentando. Vai… faz como eu falei. – Harry fez como sugerido e o feitiço saiu, perfeito. – Viu? Agora me diz o que aconteceu… Vocês não fizeram nenhuma besteira, fizeram?
_ Não, Rony. Nós não fizemos nada demais, ok. – Harry corou levemente e soltou um longo suspiro. Talvez o amigo pudesse ajudá-lo. – Eu e ela fomos namorar lá na biblioteca e quando a gente… Ah, Rony! Foi você que perguntou!
_ Mas eu não quero detalhes.
_ E eu não vou dar. Ou acha que eu quero ter a cara esmurrada?
_ Sei lá? Você pode estar na sua fase masoquista…
_ Mas não estou. O negócio é que eu percebi que eu estou perdendo o controle… Deixa eu terminar por favor? Depois você me azara, ok? – Harry se irritou ao ver o amigo apertar a própria varinha.
_ Tá. – o ruivo sorriu amarelo e viu o outro sentar desconsolado na poltrona.
_ É o seguinte. Quando eu terminei com a sua irmã, era para mantê-la em segurança…
_ O que foi uma besteira, porque a inseguran̤a ̩ a mesma. Рinterrompeu Rony.
_ Eu sei. Deixa eu continuar. – o outro assentiu. – Mas também era porque quando estou com ela, consigo esquecer de tudo a minha volta, inclusive Voldemort. E eu não posso fazer isso! Não posso me dar a esse luxo! Eu tenho que ficar focado nessa maldita guerra e não como a pele da Gina é macia…
_ Ei, eu ṇo preciso ouvir isso! Рo protesto do ruivo foi ignorado pelo amigo que continuou.
_ Então hoje, depois que Sirius nos interrompeu…
_ Espero que bem antes do que voc̻ gostaria. Рmurmurou Rony.
_ Cala a boca. É sério!
_ E você acha que a honra da minha irmã não é uma coisa séria?
_ Droga. Eu vou acabar te azarando pra você me deixar terminar de falar.
_ Tá bom. Eu vou ficar calado.
_ Continuando. Depois que ele saiu eu fiquei pensando em tudo que está acontecendo e estou me sentindo… culpado por não estar cem por cento concentrado em descobrir como acabar de vez com o Riddle.
_ Bom, o dia que você não se sentir culpado por alguma coisa, eu pinto meu cabelo de louro e mudo meu nome pra Malfoy.
_ Ṇo exagera, ok? РHarry falou exasperado.
_ Tá. Então você decidiu se afastar novamente de Gina?
_ Não. Eu não posso fazer isso. Eu simpesmente não consigo mais me afastar dela… Mas eu também não sei o que fazer.
_ Nem eu. – olhou para a fisionomia triste do amigo. – Olha, eu não sou muito bom em conselhos. Principalmente se eles envolverem a minha irmã. Mas acho que vocês deviam, sei lá, conversar.
_ É você realmente não é bom em dar conselhos, cara.
_ Eu avisei. Mas sinceramente eu não acho que você não esteja se dedicando. E também você precisa se distrair um pouco para não enlouquecer… eu não acredito que vou dizer isso… – ele corou. – … e nada melhor do que namorar a Gina para isso.
_ A Gina não é uma distração para mim, Rony.
_ Eu sei, Harry. A Mione também não é para mim, mas cada vez que eu consigo por minhas mãos nela, eu esqueço da vida e fico pronto pra qualquer coisa.
_ Agora sou eu que ṇo preciso ouvir isso. Рo moreno sorriu.
_ Já que chegamos ao ponto em que nenhum quer ouvir o que o outro está dizendo, que tal um duelo básico para extravasar as energias?
_ É uma boa idéia. – Harry abriu um sorriso maroto. – Mas depois eu quero te perguntar sobre uma coisa que eu vi, sem querer claro, durante um treino de oclumência um dia desses.
_ Nem em sonho, Potter.
— ———-
Gina estava sentada em sua cama, separando os materiais que os irmãos trouxeram, para poder guardar em seguida em seu malão, quando viu Hermione entrando e tirando os rolos de pergaminho que separara, de suas mãos e perguntando:
_ Posso saber o que aconteceu?
_ Ṇo aconteceu nada, Hermione. Рa ruiva olhou a amiga, resignada.
_ Eu SEI que aconteceu alguma coisa então fala logo.
_ Está, por acaso, escrito na minha cara?
_ Está. Agora me diz o que foi, pra eu saber como ajudar.
_ Ok. Mas realmente não aconteceu nada.
_ Ahm? – Hermione estava confusa.
_ Foi assim. Depois que vocês sairam, eu e Harry fomos para a biblioteca e…
_ Já sei. Eu já os vi na biblioteca, então pode pular essa parte, porque já posso imaginar o que aconteceu lá. – Gina ficou rubra.
_ Pois é. Mas eu não ia contar essa parte, senhorita sabe-tudo. Eu ia dizer que acabamos sendo interrompidos por Sirius…
_ Vocês não trancaram a porta?
_ Trancamos, mas ele tem um daqueles canivetes que abre tudo. Рa morena fez uma expresṣo de compreenṣo.
_ Ah, isso explica.
_ Mas o problema não foi esse. Ou pelo menos só esse. A minha mãe estava me procurando e eu tive que ir lá falar com ela…
_ E o que ela queria?
_ Ela está preocupada que eu e o Harry “avancemos o sinal antes da hora”… – fez uma careta. – O fato é que ela não engoliu direito o fato de eu ter crescido e tomar as minhas decisões sem consultá-la. Acho que ela queria que eu pedisse: “mamãe eu vou ali dar pro Harry, Posso?”
_ Gina! – Hermione a olhou impressionada.
_ Ah, Mione! Nem vem… Mas ela não quis ser direta, acho que com medo do que ia ouvir, o que não ia ser nada de mais, mas ela não quis arriscar e pediu para Fleur conversar comigo sobre isso, acho que para sondar até onde eu conheço da anatomia dele…
_ E…
_ E o quanto eu conheço? Não tanto quanto eu gostaria na verdade…
_ Não é isso! – a cunhada estava corada. – Eu não quero saber essas coisas do Harry…
_ Só quer saber essas coisas do meu irmão, né? – a ruiva levantou uma sobrancelha e riu.
_ Quer parar, eu quero saber o que foi que aconteceu depois.
_ Bom, depois da tal conversa com a Fleuma, eu desci, mas o Harry estava distante e não quis falar comigo, só ficou lá treinando…
_ Será que foi algo que o Sirius falou?
_ Não sei. Não tive coragem de perguntar.
_ Olha. O Rony foi conversar com o Harry. Daqui a pouco ele me diz o que eles conversaram e então, se você e o Harry não tiverem ainda voltado às boas, a gente decide o que fazer. – abriu um largo sorriso. – Agora deixa eu te mostrar o que eu comprei lá no Beco…
——–
Depois de mais algumas horas de treinamento ao qual se uniram Gui, Lupin, Sirius e Neville, Harry decidiu que já estava na hora de descansar um pouco, e seus pensamentos voaram automaticamente para a ruivinha que tanto amava. Talvez Rony estivesse certo e ele precisasse daqueles momentos com ela para se manter são. Já ia saindo quando Remus o parou dizendo:
_ Harry, não se preocupe, você tem treinado o suficiente e merece realmente relaxar.
_ Quer para de entrar na minha mente! – o rapaz falou constrangido.
_ Desculpe, eu não deveria, nem quis na realidade, mas hoje você não praticou oclumência como deeria, então ficou praticamente estampado num cartaz.
_ Er… A culpa foi minha mesmo. – sentiu sua face queimar. – Bom, obrigado pelo conselho.
_ Esse ̩ o meu papel, ṇo ̩? Рo homem riu.
Harry ficou um pouco mais feliz com a conversa e sentiu suas entranhas respirarem aliviadas. Com um aceno se despediu, indo correndo para o quarto. Tinha que entrar no banho antes de Rony e Neville, pois os amigos tinham a tendência a demorar e ele não via a hora de beijar novamente Gina, mas definitivamente com aquele cheiro de trasgo montanhês que exalava, não ia dar.
Alguns minutos mais tarde, já de banho tomado e arrumado, dessa vez ele tinha que admitir que havia exagerado um pouco e até tentado domar seus cabelos, Harry desceu e foi procurar Gina pela casa. Como não a encontrou, perguntou para Hermione, que estava concentrada lendo um livro sobre feitiços atordoantes, onde a ruiva estava.
_ Sei lá, Harry. Acho que ela foi caminhar um pouco pela praia. – levantou o olhar para ver o amigo. – Ela está meio confusa com o jeito que você a tratou hoje… E o que você fez no cabelo?
_ Ahm…. penteei?
_ Francamente, Harry. Alguém tem que te ensinar o conceito de pentear, sabia?
_ Tá bom, Mione. Depois você me ensina. Agora deixa eu ver se me entendo com a minha ruivinha. – saiu rapidamente em direção à praia.
_ Eu não! Isso é uma tarefa árdua demais. – a morena riu e completou , griatando ao vê-lo já na saida. – É melhor se despentear primeiro!
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Gina estava sentada encostada na grande pedra que havia na praia. Pensava na primeira vez que sentara exatamente ali e observara o pôr-do-sol e nos momentos doces que dividira com Harry. O que será que tinha acontecido para ele ficar tão distante? Logo agora que os irmãos dela tinham dado uma trégüa. Percebeu mesmo antes de conseguir realmente ver, Harry se aproximando apressado, e sentiu o ar lhe faltando por um momento. Ele tinha se desenvolvido bastante. Ainda era magro, claro, mas não estava mais tão esquelético e aqueles olhos verdes que tanto amava, agora estavam brilhantes, o que combinava com o sorriso discreto que tinha nos lábios e que ela sabia serem só seus. E os cabelos…
_ O que aconteceu com seus cabelos? – ela mal continha o riso ao ver os cabelos negros que pareciam terem sido penteados por uma criança de cinco anos: abaixados na frente e totalmente desgrenhados e espetados atrás.
_ Penteei. Tá tão ruim assim? – droga ele deveria ter usado um espelho.
_ Não… Se você for cego! – ela gargalhou quando ele, passando as mãos pelo cabelo, deixou-os totalmente bagunçados. – Vem cá, deixa eu dar uma melhorada. – fez um gesto para que ele sentasse ao seu lado, mas ele sentou em sua frente de costas para ela.
Harry sentiu o toque gentil da namorada em seus cabelos e nada no mundo pareceu tão certo. Ele não devia se privar de algo tão bom e sim trabalhar para que não acabasse mais. Que nunca mais nada nem ninguém ficasse atrapalhando sua felicidade.
_ Desculpa…
_ Ahm? – a ruiva pareceu não entender e ele virou-se para olhá-la.
_ Eu não devia ter me afastado hoje. Não queria te deixar preocupada, mas eu… precisava pensar.
_ Foi alguma coisa que Sirius falou?
_ Não. Ele foi legal. Disse só para eu tomar cuidado com seus pais e… – ele ficou vermelho. – … para procurarmos um lugar mais romântico.
_ Oh, certo. – com as orelhas vermelhas, ela voltou ao assunto anterior. – Então… você precisava pensar em que?
_ Em tudo. Na guerra, na profecia, em nós…
_ E aí?
_ Eu fiquei pensando se não estava deixando de lado a minha obrigação para cuidar só da minha felicidade.
_ Voc̻ acha que eu estou te atrapalhando? Рo tom de voz denotava a pequena inseguran̤a que sentia.
Ele segurou em sua face, passando o polegar de leve em suas sardas. O toque suave fez com que ela fechasse os olhos e suspirasse.
_ Eu não consigo pensar em mais nada quando estou assim com você… – beijou-lhe a testa e murmurou sobre sua pele. – E não tenho vontade, nem força para me afastar de você. Mas eu tenho uma obrigação, que deveria ser a minha prioridade… – ela se afastou e olhou dentro dos olhos verdes.
_ E a que concluṣo voc̻ chegou? Рele sorriu amarelo.
_ Depois de pensar durante horas e me sentir ainda mais confuso… Não ria, você me conhece… Eu conversei com Rony e ele me disse… Quer parar de rir! Assim eu não falo mais nada.
_ Desculpa. – Gina fazia um esforço imenso para não rir. – Mas Rony dando conselhos é uma situação tão inusitada… Mas o que ele falou?
_ Ele falou que eu não precisava me preocupar porque eu não estava deixando de treinar nem nada, só precisava me concentrar mais… Não faz essa cara… E também que eu precisava mesmo me distrair para não pirar.
_ Ah, enṭo agora eu virei distra̤̣o? Рela levantou uma sobrancelha.
_ Pelo meu próprio bem, eu espero que não.
_ Acho bom. Agora vem cá que eu vou te mostrar o que é distração… – ela puxou-o pela camisa e beijou-o ardentemente, sendo imediatamente correspondida.
——–
Com a consciência mais tranquila e com os conselhos de Rony e Sirius sempre em mente, Harry procurou se concentrar mais durante os treinamentos e também relaxar ao lado de Gina. E assim foi até que no dia trinta e um de agosto, a casa de praia foi tomada por um clima melancólico. A senhora Longbotton mandou preparar uma pequena festa de despedida para os jovens. Gui e Fleur adoraram poder sumir das vistas de todos e ficar um pouco sozinhos, a francesa andava bastante amuada pelo marido ter que ficar na escola durante a semana. E os outros casais agradeceram a oportunidade de ter uma desculpa para ficarem namorando sossegados, sob o pretexto de estarem apenas dançando, o que fez com que Molly chamasse tantas vezes a atençaõ eles sobre o fato de precisarem dar um tempo ao menos para respirar, que no final da noite ela estava rouca, ao obrigar todos a irem se deitar.
O dia primeiro de setembro começou bastante semelhante aos últimos anos. A senhora Weasley gritava pela casa, fzendo com que se apressassem, agora sendo acompanhada pela senhora Longbotton, só que esta de um modo bem mais discreto, apressava apenas Neville e Luna. Depois de muita correria para que nada fosse esquecido (Ronald, eu disse para você arrumar seu malão semana passada!) e todos os bichos estivessem em seus devidos lugares (Venha logo, sua coruja maluca!), Rony, Hermione, Harry, Gina, Luna, Neville Gui e Fleur (Eu vou sim senhorr, querro ver você me impedirr.) estavam prontos para pegarem a chave de portal, exatamente as dez e meia da manhã.
Depois de se despedirem de todos, Molly e Augusta foram convencidas a ficarem em segurança na casa de praia, o grupo sumiu depois de tocar numa velha caixa de papelão, e foram aparecer num beco logo atrás da Estação de King’s Cross juntamente com toda a bagagem, onde já estavam sendo aguardados pela escolta da Ordem da Fênix composta por Moody, Arthur, Tonks, Lupin, e Sirius, que tinham vindo mais cedo para cuidar da segurança. Se encaminharam rapidamente para a plataforma 9 3/4 e ao atravessarem verificaram que esta estava mais vazia do que nos últimos anos. Harry percebeu alguns olhares curiosos, principalmente dos acompanhantes dos outros alunos, para Sirius e ficou imaginando se esses ainda acreditavam que ele era culpado. Empurrando essa incerteza para o fundo da mente, se aproximou dele e de Lupin para se despedir, mas para sua surpresa os viu entrando no trem.
_ A escolta esse ano será até hogwarts. – Tonks falou diante do olhar confuso do rapaz. – Olho-Tonto e Arthur já até aparataram para Hogsmead.
_ Venha logo, Harry. – Sirius parecia uma criança que ganhara um presente antecipado. – Nossa há quanto tempo que eu não ando nesse trem…
Vendo que faltavam agora poucos minutos e poucas pessoas na estação, Harry entrou no expresso logo atrás de Gina.

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